sábado, 28 de fevereiro de 2015

Tecnologias emergentes

Horizon Report 2014 na edição da Educação Básica examina as tecnologias emergentes e o seu potencial impacto e uso no ensino, aprendizagem e investigação criativa nas escolas.
                        Fazer uma reflexão crítica deste relatório nos comentários.

15 comentários:

  1. As tecnologias móveis estão aí e vieram para ficar. Somos uma geração de docentes que interage com alunos cujas vivências sociais e culturais incorporam estes dispositivos . Depara-mo-nos com uma realidade que impõe uma revolução na didáctica.

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  2. O ensino está a mudar. Atualmente os professores não são a principal fonte de informação e conhecimento uma vez que, com o uso de novas tecnologias, uma rápida pesquisa na web está imediatamente disponível para os alunos. Deste modo, torna-se fundamental uma mudança no modo de atuação do professor.
    O NMC Horizon Report: Edição Educação Básica 2014 examina as tecnologias emergentes e seu potencial de impacto e de uso para o ensino, aprendizagem e investigação criativa nas escolas. Este relatório aponta como tendências :
    BYOD (Bring Your Own Device) e Computação em nuvem - com um horizonte de tempo para adoção até 1 ano;
    Games e gamificação & Análise da aprendizagem - com um horizonte de tempo para adoção de 2 a 3 anos;
    Internet das coisas e Tecnologia vestível - com um horizonte de tempo para adoção de 4 a 5 anos.
    Julgo que a maioria dos professores estão recetivos para seguir as tendências, embora a falta de recursos financeiros nas escolas poderá constituir um obstáculo.

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  3. A sala de aula não pode ser um espaço monótono, pois o ensino / aprendizagem também o não é, portanto urge recorrer a estratégias que motivem e estimulem a curiosidade pelo conhecimento. Os desafios da escola pública tornam-se mais arrojados fruto das exigências impostas pelos pressupostos da nossa sociedade. Enquanto que o "quadro negro é um instrumento vazio, o tablet é um instrumento cheio", então se os nossos alunos estão “cheios de conhecimentos digitais”, passo a expressão, então porque não partir desses conhecimentos prévios? O professor tem que partir do aluno, tem que mudar a sua praxis e adaptar-se/ ajustar-se aos novos tempos recorrendo cada vez mais às TIC, mormente os tablet, em contexto de sala de aula que possibilitam adaptar o ensino ao ritmo de aprendizagem de cada aluno, “humanizando mais a escola”. Temos que pensar, como no faz crer o Horizon Report 2014, que a escola do futuro é a escola “aberta ao mundo e que a utilização de tablets e não só em contexto de sala de aula oferecem um imenso potencial ao aluno ao proporcionar experiências de aprendizagem que permitem um tipo de interação com a informação que corresponde de maneira mais pessoal, e por que não dizer prazerosa, com a forma com a qual o jovem tem acesso à informação no mundo atual.O professor pode, recorrendo a vários tipos de plataformas digitais, criar materiais e recursos adaptados aos seus alunos, pode desenvolver atividades de aplicação direcionando os alunos a simular ou aplicar os conteúdos teóricos em situações práticas ou por meio do uso de recursos digitais tanto do próprio material quanto daqueles existentes online, pode criar juntamente com a sua turma um blogue, onde todos possam participar, colocando dúvidas, obtendo respostas, mas sobretudo divulgar ao “mundo” conhecimentos sobre os mais variados temas, sobre as atividades da disciplina e até da escola.

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  4. Vivemos na era tecnológica/digital, uma era na qual o acesso à informação deixou de estar confinado ao computador pessoal e se estendeu também às tecnologias móveis, e não podemos esquecer que os alunos acompanham as tendências e as trazem para a escola, pois o seu quotidiano sem tecnologia é algo que não faz sentido.
    A escola do futuro passa por uma pedagogia diferenciada/personalizada, por uma reorganização da sala de aula. A resposta da escola centrada no professor, na sala de aula, num ambiente institucional estático não se enquadra nas rápidas mudanças a que se assiste na tecnologia mediada. A escola deve preparar os alunos para o século XXI.
    Podemos pensar na escola do futuro fazendo uma comparação uma comparação entre o quadro negro (estrutura fixa, vazia para uso interno da escola) e os tablets (instrumento cheio, móvel, que comunica para dentro e fora da sala de aula). O tablet, em oposição ao quadro negro, instrumento vazio, é um instrumento cheio, os conhecimentos estão lá todos, é um instrumento móvel não implicando o espaço fixo da sala de aula e permitindo a comunicação para dentro e fora do espaço escolar.
    O professor deve ter um papel inovador, empreendedor, mentor, iluminador, motivador, gerador de espíritos críticos, de esperanças e de proatividade. O professor deve ser capaz de tornar a aula tão dinâmica como o mundo que nos rodeia.
    O relatório Horizon 2014 realça a importância das escolas fomentarem o uso dos dispositivos móveis dos alunos nas práticas educativas, uma vez que promovem o aumento da produtividade pois a aprendizagem está disponível em qualquer altura e momento, há uma maior responsabilização dos alunos no processo ensino aprendizagem, estimulam a concentração e motivação, promovem uma aprendizagem colaborativa e cooperativa, o desenvolvimento de projetos à distância.

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  5. O NMC Horizon Report: Edição Educação Básica 2014 fala das tecnologias emergentes e do seu potencial no ensino, aprendizagem e na investigação criativa nas escolas. Este relatório aponta como tendências o BYOD (Bring Your Own Device) e Computação em nuvem, "Games e gamificação" e Análise da aprendizagem e a Internet das coisas e Tecnologia vestível - todas estas tecnologias a serem implementadas num prazo de 5 anos.

    Depois de ler este relatório, imediatamente pensei em Sócrates, Platão e, em Aristóteles, este último por ter sido o responsável pela criação da primeira biblioteca, cujos manuscritos foram recolhidos pelos alunos do liceu de Atenas sobre vários assuntos pluridisciplinares. Pode-se considerar como a primeira base de dados, a primeira nuvem….

    Sócrates defendia que se deve sempre dar mais ênfase à procura, do que não se sabe, do que transmitir o que se julga saber, privilegiando a investigação permanente. Um dos potenciais destas tecnologias é precisamente a facilidade com que se pode investigar e de forma permanente. Se me surge uma dúvida num determinado momento, e se tiver um BOYD comigo (que tenho sempre) logo posso consultar a internet ou uma rede privada do tipo NAS e terei acesso à informação imediatamente mas, se for um utilizador nato das novas tecnologias, com certeza já terei um smartwatch e uns óculos digitais e num futuro muito próximo possivelmente usarei a nanotecnologia como motor de informação…

    A dialética de Platão não é um método simples e linear, mas um conjunto de procedimentos, conhecimentos e comportamentos desenvolvidos sempre em relação a determinados problemas ou "conteúdos" filosóficos, existindo um tipo de raciocínio e um método de intuição, tal como num jogo. Por isso, a utilização de plataformas de jogos encontra na educação formal um campo aberto para a sua aplicação, pois na sala de aula encontram-se os indivíduos que carregam consigo muitas aprendizagens advindas das interações com os jogos. Encontra também uma área que necessita de novas estratégias para dar conta de alunos que cada vez estão mais inseridos no contexto dos média e das tecnologias digitais e se mostram desinteressados pelos métodos passivos de ensino e aprendizagem utilizados na maioria das escolas. Podemos rematar com Karl Popper que afirma que a dialética é a arte da intuição para "visualizar os originais divinos, as formas ou ideias, de desvendar o grande mistério por trás do comum mundo das aparências do cotidiano do homem."

    Julgo que a maioria dos professores está recetiva a seguir as tendências do uso dos dispositivos móveis nas práticas educativas adotando, para isso, práticas pedagógicas inovadoras proporcionando a aprendizagem através da exploração, da criação de brincadeiras de forma personalizada e autorregulada, tudo isto em colaboração com os pares, desde que os currículos sejam abertos às novas tendências, o que atualmente não é o caso, e desde que as politicas educativas sejam reequacionadas. Para tal é necessário que as partes interessadas procurem novos modelos de aprendizagem com visão de futuro, de modo a promover pedagogias mais progressistas; definam de forma consensual as competências que podem ou devem ser promovidas em ambientes escolares, sem esquecer o seu percurso desde a infância até a idade adulta e na enunciação de políticas mais concretas que estimulem o interesse das escolas em pedagogias emergentes, nomeadamente na Ciência Colaborativa Apoiada por Computador, que enfatizam as habilidades de pensamento de ordem superior não reforçados por um ensino centrado em livros didático tradicionais.

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  6. O Relatório Horizon 2014 é um documento particularmente importante e interessante para desencadearmos uma reflexão acerca da utilização dos dispositivos móveis enquanto ferramentas de ensino e de aprendizagem. No meu caso concreto, interessa-me esta reflexão em duas perspetivas particulares: enquanto docente, analisando o impacto da adoção da tecnologia em contexto de sala de aula; e enquanto professor-bibliotecário, refletindo, de um ponto de vista mais global, acerca desse impacto no ambiente global das escola e no papel que nelas têm as bibliotecas escolares, particularmente no âmbito das literacias de informação.
    Sendo difícil abarcar neste comentário todas as temáticas que são tratadas no Relatório Horizon 2014, gostaria de centrar a minha reflexão em três pontos que me parecem de salientar, independentemente da perspetiva temporal em que são colocados.
    A primeira tem a ver com a necessidade de repensar aspetos estruturais do estatuto das escolas, do modo como elas se organizam e acerca do papel que os professores desempenham neste contexto. Ao longo dos últimos anos o desenvolvimento das tecnologias de informação tem sido avassalador, o acesso à informação e ao conhecimento conheceram mudanças radicais e, muitas vezes, as instituições educativas não têm sido capazes de acompanhar essas mudanças. A mudança do ethos educativo não é fácil de concretizar e representa um enorme desafio. Nesta linha o Relatório aponta pistas importantes, de que realço a importância da formação de professores mas sobretudo a necessidade de mudança dos modelos de aprendizagem que as tecnologias não só potenciam como reclamam. É o exemplo da aprendizagem baseada em desafios, problemas ou temáticas, de que recentemente se falou a propósito das decisões tomadas na Finlândia e que tem profundas implicações, numa abordagem multidisciplinar em que as tecnologias ocupam um papel fundamental.
    A segunda vertente a que gostaria de dar destaque, prende-se com o impacto que a tecnologia tem no acesso à informação e, neste domínio a importância dos Recursos Educacionais Abertos. Esta é uma questão particularmente sensível no que diz respeito ao trabalho das bibliotecas escolares. A facilidade do acesso à informação, o surgimento de novos suportes, a multiplicação de formatos e tipologias de edição, colocam novos problemas e desafios às escolas, aos professores mas particularmente às bibliotecas, por exemplo na questão dos direitos autorais. A formação no âmbito das literacias de informação, para professores e estudantes é, também aqui, fundamental.
    Finalmente, gostaria de chamar a atenção para as tendências emergentes no âmbito das tecnologias. A prática de BYOD parece ganhar um indiscutível lugar no contexto educativo. Estou pessoalmente convencido que a realidade vai ultrapassar as resistências e, talvez por isso, ela surge como de curto prazo. Progressivamente, o papel dos jogos no contexto educativo começa a marcar o seu espaço. Penso que esta será uma tendência a seguir com particular atenção. Por fim, ressalto a perspetiva da Internet das coisas que, como em outras áreas, chegará à Educação. O admirável mundo novo está aí! Temos de estar preparados para o acompanhar.

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  7. Manuel Igreja
    É evidente que o recurso às novas tecnologias (e, em particular, no que diz respeito às chamadas tecnologias móveis) levanta problemas de diversa natureza, desde a organização do espaço/tempo da aula até às modalidades de avaliação dos alunos, passando pelas questões, não menos despiciendas, da disponibilidade/disponibilização desses recursos/equipamentos aos alunos e aos professores e à preparação técnica e pedagógica dos professores para os utilizar/rentabilizar ao serviço do ensino-aprendizagem, o que, de resto, emerge do relatório, embora este aponte sempre para modelos/soluções, optimizados, baseados nas TIC.
    É inegável também que, qualquer uma das novas propostas/tendências adiantadas pelo NMC Horizon Report: Edição Educação Básica 2014, possui potencialidades extraordinárias, do ponto de vista dos contributos para a melhoria da eficácia da aprendizagem escolar.
    Centrarei as minhas breves observações numa das propostas que me parecem mais relevantes, pelo menos no curto e médio-prazo: os chamados Projetos de Aprendizagem Híbrida (relatório em referência –pp. 12-13). Diz o relatório (citando) – pág.12): Os modelos híbridos, quando projetados e implementados de forma eficaz, capacitam os alunos a utilizar o dia que vão à escola para o trabalho em grupo e atividades baseadas em projetos; enquanto usam a Internet para acessar as leituras, vídeos e outros materiais de aprendizagem em seu próprio tempo, aproveitando o melhor de ambos os ambientes.
    Considero esta proposta como um dos contributos mais positivos porque algumas razões relevantes:
    1. Permite a aprendizagem na modalidade de projeto, hoje ainda não suficientemente valorizada no contexto da educação básica (já o foi mais, noutros tempos);
    2. Combina diferentes recursos tecnológicos, fluindo na mesma direcção e para o mesmo objetivo;
    3. Mantém o espaço-aula com espaço físico relevante, o qual, no meu entender e independentemente das tendências no campo da educação básica, a curto e médio-prazo, se manterá como espaço formal da educação básica;
    4. Convida e obriga ao trabalho colaborativo dos alunos, tão importante para a sociabilidade, para aprender a viver juntos, para partilhar ideias, vontades e opiniões.

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  8. A escola para ser apelativa e continuar a cumprir as funções que lhe cabem na sociedade, como a promoção do conhecimento, de competências e da igualdade de oportunidades, necessita de assumir uma postura vanguardista, percebendo, acompanhando e incorporando, de forma crítica, as mudanças que ocorrem à sua volta.
    Os alunos deparam-se, no dia a dia, com um conjunto diversificado de instrumentos e aplicações versáteis e intuitivas, que permitem o acesso e a transmissão de dados, de forma rápida e fácil. Computadores portáteis, tablets e smartphones, assumem uma presença importante na vida de um número crescente de discentes. As suas aplicações crescem a um ritmo acelerado.
    A comunidade educativa, reconhecendo a mais valia que representam, tem utilizado esta tecnologia, no entanto, de uma forma por vezes tímida, outras experimental. A pesquisa de informação, a produção de materiais e a sua apresentação, bem como, a partilha de documentos, constituem exemplos do uso atual destes instrumentos. As resistências e limitações que persistem, terão que ser ultrapassadas, designadamente no tocante ao uso, na sala de aula, de determinados dispositivos atualmente “proibidos”.
    O desenvolvimento de metodologias e estratégias que permitam e facilitem a integração e utilização plena e assertiva destas ferramentas no “ensino, aprendizagem e investigação criativa nas escolas”, constitui, assim, um desafio que é necessário cumprir.
    A sua utilização no ensino terá implicações reais no papel a desenvolver pelos professores e alunos na sala de aula.
    Um uso eficaz, promotor, por exemplo, de uma aprendizagem mais centrada no aluno, de um acompanhamento mais individualizado, atendendo aos ritmos e interesses que manifestam, baseada em projetos, em desafios, na investigação, …, pressupõe informação e formação dos docentes neste domínio, que atendam, nomeadamente, às práticas adequadas, utilização de recursos e produção de materiais úteis para o processo.
    Torna-se, também, necessário a disponibilidade de “recursos educativos abertos”, como plataformas, aplicações e conteúdos, direcionados ao ensino e aprendizagem, capazes de despertarem o interesse e a curiosidade dos alunos, incutindo-lhes, se possível, o desejo de aprofundarem os conhecimentos.
    Também ao aluno será exigida uma postura diferente perante o processo educativo, assumindo este um papel mais ativo, uma atitude mais crítica e de maior controlo da sua aprendizagem.
    Devem, ainda, considerar-se como relevantes as condições de acesso e utilização, dentro e fora da sala de aula, dos instrumentos potenciadores de tais mudanças, o que, em certas escolas e meios envolventes, ainda se revela um obstáculo importante a ultrapassar.
    Em suma, a escola deve ser capaz de preparar os alunos para um mundo em permanente mudança, fomentando a educação ao longo da vida.
    As medidas que se perspetivam para uma implementação generalizada das tecnologias de informação no curto e médio prazo, devem ser acompanhadas pela formação adequada dos docentes, mudança na mentalidade dos alunos e disponibilidade de recursos educativos com qualidade e de acesso livre.
    É, ainda, importante contextualizar as realidades com que as escolas se deparam. Se as condições de acesso às tecnologias forem distintas, estratégias como, por exemplo, o BYOD (Bring Your Own Device) poderão fomentar desigualdades.
    A implementação das tecnologias emergentes no processo educativo irá obrigar, assim, a um esforço por parte de todos os agentes envolvidos, de acordo com as suas responsabilidades.

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  9. O Relatório Horizon 2014 sintetiza e sistematiza uma tendência que se verifica na educação: não podemos estar alheados da tecnologia. Para o bem e para o mal, a nossa sociedade é um “bichinho” que teima estar em constante movimento. Nós, enquanto membros ativos desta sociedade e em particular como professores, não podemos ficar alheados desta realidade: a tecnologia está, definitivamente, na sala de aula. Aliás, neste momento, nem sequer é possível ser doutra forma.
    O relatório vem, por isso, fundamentar aquilo que muitos de nós sentimos no dia a dia da sala de aula. Não vale a pena lutar contra os tabletes ou telemóveis. Eles são parte quase integrante dos alunos.
    A questão a colocar será, porventura, como aproveitar essa tecnologia para a colocar ao serviço das nossas práticas. Urge uma nova pedagogia, os paradigmas da educação são claramente diferentes hoje daqueles que foram definidos há 20 anos.
    Sendo eu docente de matemática, e tendo consciência dessa realidade, aprecio muito que “os primeiros estudos revelaram que a instrução híbrida da aprendizagem melhora o desempenho em matemática “ (pág. 4), se bem que no novo programa da disciplina para o ensino secundário parece haver (infelizmente) uma regressão neste caminho. Cabe a nós, docentes, contribuir para mitigar tal situação. É importante definir abordagens inovadoras para se sair da tradicional sala de aula. Embora ainda haja só estudo piloto, uma melhoria de 8% em matemática, como é referido, não deixa de ser significativa, mesmo para um pequeno estudo.
    Na situação atual não deixa de ser caricato que enquanto nos EUA se implemente o projeto RESPECT (Recognizing Educational Success, Professional Excellence, and Collaborative Teaching) onde o “projeto também prevê salários mais competitivos para os professores para atrair mais talentos ao setor de educação”, no nosso país parece que se vai em sentido contrário.
    Um outro aspeto que se aborda neste relatório, e para mim muito importante, está relacionado com a propriedade intelectual dos “materiais abertos”. Neste sentido repare-se as editoras cada vez mais estão a desenvolver materiais neste sentido: passíveis de chegar a todos e cuja manipulação é permitida. Sabendo-se que estes materiais estão também disponíveis para os alunos, tudo leva a crer que, de uma forma mais ostensiva ou mais dissimulada, o BYOD veio para ficar.
    Por fim, uma referência interessante ao jogo Minecraft (que tanto eu como o meu filho jogamos) num contexto educacional, em especial no desenvolvimento de competências matemáticas e de linguagem de programação.

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  10. A leitura do relatório (NMC Horizon Report: Edição Educação Básica 2014) permite concluir que estamos perante um novo paradigma mundial em que todas as regras estão a mudar. Neste sentido, torna-se pertinente refletir sobre o lugar que as tecnologias emergentes ocupam junto dos alunos, que horizontes lhes abrem, como podem potenciar novas formas de aprendizagem e impulsionar a sua criatividade, numa perspetiva que poderá traduzir um maior sucesso para as suas carreiras e perdurar ao longo das suas vidas.
    O citado relatório configura três grandes domínios que abordam as principais tendências que aceleram a adoção de tecnologia nas escolas, os desafios significativos que impedem esta adoção, assim como os desenvolvimentos importantes na tecnologia para a educação básica.
    No primeiro domínio verifica-se a abordagem de questões fulcrais, concretamente a necessidade de repensar o papel dos professores numa escola que se encontra em transição para uma aprendizagem mais centrada no aluno. É preciso ensinar pensando que as novas gerações são mediáticas, digitais e vivem na “sociedade em rede”. O aumento exponencial da informação disponível, o impacto que as tecnologias têm no acesso à informação e ao conhecimento e o surgimento de novos suportes de informação, provocam profundas mudanças nos paradigmas tradicionais. Os professores já não são as principais fontes de informação e conhecimento para os alunos, mas antes agentes capazes de criar disposições para aprender, estimulando a curiosidade.
    Neste contexto de mudança, saliento com particular interesse o modelo de Sala de Aula Invertida, modelo no qual os alunos assistem em casa a aulas gravadas em vídeos, áudios e recursos interativos. Deste modo, na aula demonstram o que aprenderam, aproveitam para tirar dúvidas, têm tempo para desenvolver projetos e trabalhar em equipa. Por sua vez, o professor de uma escola que já implementou na sua prática de lecionação este modelo, refere a sua nova função como um guia e treinador em sala de aula, circulando no espaço da sala e interagindo com cada aluno. Destaque nesta vertente para as iniciativas de aprendizagem híbrida, oferecendo o melhor da aprendizagem online e da sala de aula.
    O enfoque na aprendizagem profunda, baseada na investigação, na elaboração de projetos, na formulação de questões e de desafios, usando todas as ferramentas tecnológicas, faculta aos alunos uma maior motivação para o estudo e um desenvolvimento de posturas mais proativas através do pensar, questionar, discutir, melhorando muito o poder de argumentação. Tal como o tópico relacionado à aprendizagem profunda, a aprendizagem autêntica destaca currículos de aprendizagem no domínio prático e experimental, levando para o espaço da sala de aula as experiências da vida real.
    O relatório salienta ainda os grandes e difíceis desafios que o despontar da sociedade da informação e do conhecimento colocam neste início de milénio. Refiro com grande interesse a importância da aquisição das competências sociais em ambiente escolar, o que conduz à reflexão sobre o valor da educação, mantendo a educação formal relevante. A perseverança, a persistência na consecução de objetivos, a determinação e a resiliência constituem algumas das competências sociais que os alunos precisam de desenvolver nos seus anos de formação.
    Com o horizonte de um ano ou menos para adoção, relativo aos desenvolvimentos importantes na tecnologia para a educação, saliento o movimento BYOD. O uso de dispositivos de computação pessoal potencia, no contexto educativo, uma aprendizagem centrada no aluno que transporta neles um conteúdo personalizado o que lhe permite aprender com as ferramentas tecnológicas que escolheu.
    Estas e muitas outras questões fazem deste relatório um importante documento de reflexão sobre as principais tendências e desenvolvimentos da tecnologia em contexto escolar, bem como os desafios que coloca.

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  11. A minha reflexão sustenta-se em duas vertentes. Uma primeira que é recorrente nos comentários apresentados pelos colegas formandos – a importância do uso dos dispositivos móveis dos alunos nas práticas educativas – e que decorre das conclusões do Relatório Horizon 2014. Todos concordamos que as escolas têm de acompanhar as inovações proporcionadas pelas tecnologias de informação e comunicação e que estas devem ser integradas nas práticas de ensino e aprendizagem. No caso concreto dos dispositivos móveis, as potencialidades parecem ser significativas – como mostram os estudos – ao nível do maior envolvimento dos alunos e dos seus ganhos motivacionais, ao nível do trabalho colaborativo e cooperativo, ao nível da intervenção do professor como mediador do processo de aprendizagem, entre outros aspetos positivos.
    No entanto, introduzo uma segunda vertente à reflexão que se prende com o carácter pontual, episódico, ou meramente lúdico no recurso e utilização destas ferramentas digitais. Sabemos que a nossa formação no que respeita à integração de tecnologias digitais nas práticas educativas tem várias lacunas, por isso, o primeiro passo fundamental para as superar é uma aposta clara e consistente na formação dos docentes nestas áreas. Obviamente que os propósitos desta oficina de formação procuram responder a essas fragilidades, todavia considero que a intervenção formativa tem de ser mais ambiciosa e extensiva a todas as instituições educativas e aos docentes e deveria constituir um imperativo das políticas educativas.
    Considero e defendo, portanto, que as práticas educativas têm de acompanhar as mudanças (nomeadamente as tecnológicas) e responder às exigências da sociedade em que vivemos, por outro lado, o professor além de ser apenas um mero utilizador das ferramentas digitais deverá cada vez mais ser um produtor de materiais educativos de qualidade. Estes são desafios muito exigentes e ambiciosos que os professores individualmente não conseguirão responder. Por isso, a assunção do trabalho colaborativo e cooperativo tem de ser promovido para e pelos dois atores educativos, alunos e professores.

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  12. A crescente aceleração da tecnologia, torna eminente uma necessidade das escolas se ajustarem a esta nova realidade. O presente relatório considera que apesar da possibilidade de se colocarem entraves, a noção de aprendizagem híbrida, será aquela que por privilegiar o fator intuitivo, se revela mais apelativa para o aluno. Além disso as tendências que refere o relatório, apontam no sentido da sua adoção concreta: política, liderança e prática, são diretrizes que se consolidam na concretização de uma nova e mais criativa abordagem no processo de ensino-aprendizagem. Refere-se a necessidade de repensar o papel do professor “como um mentor”, que acompanha em sala de aula novos desafios, novos modos de ver a educação. Os laços interativos entre professores-professores e professores alunos, passam já sem dúvida por este sistema de redes conceptuais, tecnológicas, vivenciais, futuristas. Ou seja a apresentação de um novo “admirável mundo novo”.

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  13. A tecnologia ainda é um desafio para a educação, e como tal implica processos de desenvolvimento, maturação e trabalho diferenciado que levará o seu tempo.
    Da leitura simples, mas atenta ao relatório Horizon Report no que diz respeito à importância das tecnologias emergentes, do seu impacto e uso no ensino, fica claro que há por parte das instituições e dos projetos em curso uma forte defesa dos mesmos, demonstrando que estão a criar grandes processos de mudança nas escolas. Poderemos pensar na mudança de paradigma consubstanciado no postulado: das novas tecnologias às novas pedagogias. É também curioso a triangulação que se estabelece entre a política, liderança e prática. No meu entender, a conjugação destes elementos configuram seguramente o modelo de novas práticas pedagógicas inovadoras e sobretudo, o surgimento de novos ambientes de aprendizagem, e consequentemente verdadeiras comunidades de aprendizagem. Contudo, quando se pensa nas tecnologias emergentes, é preciso, em primeiro lugar ter um propósito educacional e só depois escolher a tecnologia que melhor se adequa a esse propósito. Os contextos e culturas em que as nossas escolas se instituíram nos últimos anos, revelam-nos disparidades e fragilidades no acesso a muitos dos recursos educacionais, ou seja, ainda não existem de forma ampla para apoiar ou melhorar o ensino. Concordo com o propósito de que a escola atual tem de (re) pensar-se e compreender como pode usufruir das Tic para criar produtos, ampliando as experiencias de aprendizagem para além da sala de aula, ou outro contexto formal. Num certo sentido, a revolução digital está em curso e a alterar o nosso mundo, o modo de pensar, o modo de sentir e o modo de ensinar. Mas para que tal aconteça como habilidade técnica ou valorização de competências, há que impulsionar e direcionar novos recursos para as escolas, promovendo a mudança das experiências tradicionais em sala de aula. Essa mudança tem de englobar a participação, a partilha e cumplicidade dos professores, devendo também a política atribuir um claro investimento ao desenvolvimento profissional dos professores, reconhecendo que eles são os impulsionadores dessa mudança. É preciso dar-lhes oportunidades relevantes para o seu desenvolvimento e significado profissional, em áreas que não são da sua formação inicial. Hoje, em dia existem muitos professores que procuram desenvolver, aplicar e integrar as tecnologias nas suas práticas letivas. Contudo, ao lermos o relatório supracitado facilmente verificamos que ainda estamos longe de uma verdadeira mudança de práticas. Em educação todos os tempos são cruciais e não é pelo facto de termos o equipamento ou recursos que as aprendizagens se realizam. Elas acontecem antes, quando o propósito envolve todos os agentes. Nesse sentido, as tecnologias emergentes devem ser pensadas como um catalisador, uma ferramenta que propicia mudanças. Essas transformações, sim, são poderosas. Ou seja, se um professor usa o tablet para aprofundar e/ou consolidar conteúdos, melhorar as suas práticas em sala de aula, ou permite acesso à informação, então podemos dizer que a tecnologia foi usada de maneira efetiva e, de facto, provocou mudanças. Em suma, também nos permite formular a questão seguinte: Em que sentido queremos mudar a Escola?


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  14. Depois de ler o relatório em questão pude constatar que se trata de um empreendimento com cerca de doze anos e que anualmente identifica e descreve as tecnologias que poderão vir a ter um impacto grande nos vários sectores da educação (em várias dezenas de países em todo o mundo). Este relatório, a meu ver, tem como principal função, ajudar, colaborar connosco, dado que somos docentes, no sentido de esclarecer e de fomentar a implementação, progressivamente generalizada, das tecnologias no dia-a-dia das escolas de uma forma atualizada e interiorizando nos vários agentes educativos (alunos, professores, pais, direções…) a necessidade destas tecnologias constituírem praticas regulares no processo de ensino e de aprendizagem.
    “…Espera-se, cada vez mais, que os professores sejam adeptos de uma variedade de abordagens de base tecnológica…os alunos, juntamente com suas famílias, somam a essas expectativas através de seu próprio uso da tecnologia para socializar, organizar e aprender informalmente a cada dia…” Creio que conhecendo, explorando e experimentando cada vez mais tudo o que digitalmente o mundo das novas tecnologias coloca ao nosso dispor, podemos estabelecer um equilíbrio combinando o que atrai cada criança, cada jovem no seu quotidiano e proporcionar na sala de aula os mesmos recursos para situações de pesquisa, de aprendizagem em que o aluno se sinta parte ativa, participativa e crítica em todo o processo. A implementação destes recursos tecnológicos, leva-me a pensar que, de facto, o meu conhecimento em termos tecnológicos tem que ser ampliado e mais esclarecido.

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  15. Num mundo onde as mudanças acontecem (para o melhor e para o pior) quase diariamente, torna-se imperativo que a escola se repense e adapte a tão grandes alterações, caso não queira ficar decrépita e cair em descrédito.
    Instruir os professores, apetrechar as escolas e permitir que as práticas letivas contemplem as noas tecnologias (hardware e software) são necessidades que não merecem qualquer tipo de contestação. As disparidades entre as escolas podem nivelar-se se cada uma delas conseguir atingir proficiência tecnológica que permita convergir as aprendizagens para um mesmo target.
    Esta miríade de aplicações e a sua interligação são excecionais para a concretização deste objetivo. Haja vontade... e bom senso.

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